Entrevista Clínica

A desconstrução das discriminações estruturais começa na relação profissional-pessoa usuária do SUS. Para tanto, é necessário que você considere em todo o processo de trabalho, desde a entrevista clínica até a avaliação dos resultados do tratamento, os determinantes sociais da saúde que a pessoa, com a sua ajuda profissional, tem que enfrentar no cotidiano e no SUS.

Deve fazer parte de seu processo de trabalho inclusive a avaliação da rede de suporte social disponível e acessível para esta pessoa ou população socialmente vulnerável, do mesmo modo que você avalia a existência de analgésicos para tratar a queixa de dor, por exemplo. Por isso, a parte prática da disciplina Diversidades, Equidade e Cuidado em Saúde determina a vivência de ao menos um encontro clínico com uma pessoa pertencente a uma população socialmente vulnerável (Negra, LGBT, Situação de Rua, Povos Ciganos, Campos, Florestas e Águas) , utilizando o cadastro individual do e-SUS adaptado para o Cuidado Centrado na Pessoa como roteiro da entrevista clínica compassiva. Sugiro que você treine com um(a) colega várias vezes a entrevista, tentando reproduzir a demonstração da entrevista clínica compassiva na aula teórico-prática, até sentir-se confortável com o instrumento. Esta é uma área desafiadora. Como você sabe que é capaz de realizar uma entrevista clínica, abordando tópicos sensíveis, de forma compassiva?